Mulheres ainda enfrentam machismo nos jogos online

Videogame não pode ser mais considerado “coisa de menino”, se é que algum dia pode. E para reforçar a ideia, é o que aponta a Pesquisa Game Brasil. O último ano em que os homens foram a maioria foi em 2015, em 2016 as mulheres já eram 52,6% do público de jogadores. Mas é importante notar que a pesquisa é ampla, não se considera apenas jogos online como Counter Strike: Global Offensive ou League of Legends. Na verdade, qualquer jogo, online ou offline, no smartphone, no computador ou em um console, todos são válidos. Quem, no momento da pesquisa, jogava em uma destas plataformas era considerado um gamer.

A maioria das mulheres afirmaram que preferem utilizar o celular para jogar. Os motivos são variados, mas podemos apontar o fato que os smartphones modernos possuem vários tipos de jogos, desde os populares Candy Crush até o Fortnite.

E não é só isso, quem gosta de jogos de tabuleiro, cartas, sinuca, ou apostas também pode utilizar o celular, logo, ter o mesmo como plataforma preferida faz sentido. Aliás, se você é uma das pessoas que gosta de tentar a sorte com os jogos, seja homem ou mulher, então pode ser uma boa ideia apostar com segurança com a 1xBet. Afinal, o mundo das apostas não tem nenhum tipo de discriminação de sexo entre seus usuários. Citamos a discriminação porque, infelizmente, se as mulheres são a maioria nos videogames em geral, ainda não vemos este padrão atingir games competitivos como o DotA, CS:GO, League of Legends, ou praticamente qualquer outro eSport. Um dos motivos considerados como principal responsável é o machismo e o preconceito dos outros jogadores.

Assédio e anonimato

Se tiver uma amiga que gosta de jogar algum eSport, pode perguntar a ela quantas vezes foi ofendida no chat dos jogos. Ela certamente dirá algo do tipo: inúmeras vezes. Este é o retrato dos games online, não só no Brasil, mas no mundo em geral.

O nick é o nome utilizado pelo jogador online e muitos jogadores machistas, ao notarem que o outro jogador é uma garota começam ou a apoiar ou a reclamar, e atacar a pessoa no chat do jogo.

Beautiful Professional Gamer Girl por Gorodenkoff do Shutterstock

Não é à toa que várias mulheres optam por utilizar nicks que não deixam claro se quem está do outro lado é uma mulher ou um homem. Isso permite que elas não sejam tão criticadas por simplesmente serem mulheres.

Para tentar mudar este panorama, streamers, jogadoras talentosas e personalidades utilizam um nick que deixa claro que se trata de uma mulher. A ideia é incentivar outras mulheres a não se esconderem para que fique claro para os jogadores que existem muitas garotas também no mundo dos games. E mais: várias dessas são extremamente talentosas!

Mulheres jogadoras profissionais

Existem várias jogadoras talentosas, mas a medida que chegamos ao topo das filas ranqueadas dos servidores, temos uma concentração de mulheres muito baixa. Este é um dos motivos para que sejam raríssimos os casos em que as equipes contratem mulheres para atuar como jogadoras profissionais. Mas a equipe russa Vaevictis resolveu inovar: criou uma equipe profissional de League of Legends composta só por mulheres.

A estreia foi marcada por exemplos de machismo e polêmicas praticadas pelos próprios oponentes. A Riot, desenvolvedora do jogo, puniu os envolvidos mas, no final das contas, as garotas simplesmente não conseguiram bater de frente com as demais equipes e perderam todos os jogos disputados.

Podemos dizer que o Vaevictis não conseguiu ter uma carreira bem sucedida. Mas felizmente existem outros exemplos no cenário internacional dos jogos e o melhor exemplo de uma jogadora com muito talento é a Sasha “Scarlett” Hostyn. Trata-se de uma jogadora profissional de Starcraft que compete nas principais ligas do mundo e já venceu campeonatos importantes como o IEM PyeongChang em 2018. Na ocasião, a jogadora derrubou o coreano Kim “sOs” Yoo-jin, considerado um dos melhores jogadores de StarCraft do mundo.A verdade é que existem mulheres muito competentes no mundo dos jogos e podemos ter muito mais diversidade no cenário em geral. Tudo depende, na verdade, de uma comunidade que respeite as garotas não só em datas comemorativas, como o Dia das Mulheres. Assim, quanto maior o respeito e a tolerância, maiores as chances das gamers investirem tempo nos jogos e desenvolverem suas habilidades nos mesmos.

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